sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Adoro-te

Ouvir a tua voz, enrolar-me nos teus braços, ouvir-te suspirar, sentir a tua paz ao deixar-me adormecer, poder dizer-te boa noite, dar-te um beijo de bom dia, chegar da escola e contar-te como correu, são coisas que nunca mais te posso dizer. Sempre me disseram que partis-te por opção própria e fizeram-me acreditar nisso pensando que tinha errado como filha, ou que alguma coisa na tua vida não estáva bem e eu não me tivesse apercebido disso.
Estamos quase no natal e a única prenda que eu peço á já 5 anos, é ter a tua companhia, ter-te ao meu lado e dizer que te adoro tal como dizia todas as noites. Mas afinal tiraram-te de nós sem dó nem piedade.
Em tempos disse-te coisas horríveis, coisas que nunca nenhum filho devia dizer aos pais, mas era criança demais e pensava que te teria para sempre na minha vida, que teria muitas oportunidade para mostrar arrependimento do que disse. Hoje arrependo-me de não ter passado mais momentos contigo, de não te ter dito mais vezes o quanto gosto de ti, de não ter partilhado segredos no momento certo, deixando-os para depois.
Sempre te venerei e agora mais que nunca. Alivio... talvez seja essa a palavra para descrever o que estou a sentir agora, mas acima de tudo, uma revolta enorme, como nunca me tinha sentido.
És a pessoa que mais preenche o meu coração, apesar do grande vazio que ele tem.
Aprendi que chorar não te trás de volta, mas sorrir também não. Como costumo dizer... atrás de um sorriso, há sempre uma lágrima, por mais escondida que ela posso estar. Mas acima de tudo, nessa lágrima há sempre um brilho, uma razão para ela existir, e o brilho forte e doce da minha lágrima, és tu, o amor que nunca morrerá.

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